O povo Thule são os ancestrais a atual população groenlandesa. Nenhum gene dos Paleo-Eskimos foi encontrado na população atual da Groenlândia. A Cultura Thule migrou na direção leste no que hoje conhecemos como o Alaska em torno do ano 1000, chegando à Groenlândia aproximadamente em 1300. A cultura Thule foi a primeira a introduzir à Groenlândia algumas inovações tecnológicas tais como trenós puxados por cães, e arpões.
(O planisfério de Cantino, que com detalhes demonstrava o litoral sul da Groenlândia)
Em 1500, o Rei Manuel I de Portugal enviou Gaspar Corte-Real para a Groenlândia para buscar a Passagem Noroeste para a Ásia a qual, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, era parte da esfera de influência de Portugal. Em 1501, Corte-Real retornou com seu irmão, Miguel Corte-Real. Encontrando o mar congelado, eles foram para o sul e chegaram em Labrador (atual província do Canadá) e na Terra Nova (também uma província). Do retorno dos irmãos para Portugal, a informação cartográfica suprida por Corte-Real foi incorporada em um novo mapa do mundo, que foi apresentada a Ercole I d’Este, Duque de Ferrara, por Alberto Cantino em 1502. O planisfério de Cantino (foto acima), feito em Lisboa, com muita precisão mostra litoral sul da Groenlândia.
(Nas expedições enviadas pela Dinamarca à Groenlândia, conseguiam-se mapas da região cada vez mais condizentes com a realidade)
Entre 1605 e 1607, o Rei Christian IV da Dinamarca enviou uma série de expedições para a Groenlândia e águas do Ártico para localizar a colônia nórdica perdida do leste e impor a soberania dinamarquesa sobre a Groenlândia. As expedições em grande parte foram um fracasso, em parte devido aos líderes que não tinham experiência com o difícil gelo do Ártico e condições do clima, e parcialmente porque foram dadas instruções aos líderes para procurarem a Colônia do Leste na costa leste da Groenlândia logo a norte do Cabo Farewell, que é quase inacessível devido ao gelo que vem do norte para o sul. O piloto nas três viagens foi o inglês James Hall.
(Hans Egede na Groenlândia)
Após as colônias nórdicas morrerem, a Groenlândia ficou, de facto, sob o domínio de vários grupos Inuit, mas o governo dinamarquês nunca se esqueceu ou deixou passar sua ideia de soberania da Groenlândia que ele havia herdado dos nórdicos. Quando foi reestabelecido o contato com a Groenlândia, no início do século 18, a Dinamarca declarou sua soberania sobre a ilha. Em 1721, uma expedição mercantil e clériga liderada pelo missionário dano-norueguês Hans Egede foi enviada para a Groenlândia, sem saber se alguma civilização nórdica ainda estava por lá. Essa expedição é parte da colonização dano-norueguesa das Américas.
(Estátua de Hans Egede em Nuuk, capital da Groenlândia)
Após 15 anos na Groenlândia, Hans Egede deixou seu filho Paul Egede a cargo da missão lá e retornou para a Dinamarca, onde ele estabeleceu um Seminário da Groenlândia. Essa nova colônia estava centrada em Godthåb (“Boa Esperança”), na costa sudoeste. Gradualmente, a Groenlândia foi se abrindo aos mercadores dinamarqueses, e próximos deles de outros países.